Esta é a minha cara ao ver o que True Blood anda aprontando.
Que True Blood é bizarra, exagerada, louca, todo mundo já
sabe. Que Russel Edgington é bizarro, exagerado, louco, todo mundo sabe também. Logo,
o motivo de amarmos tanto o vilão é porque ele é a medida certa do que a série
precisa. Esta é a razão porque aguardamos tanto sua volta. E agora que ele
chegou, o que é que nós recebemos? Tudo, menos King Russel.
Sim, o destaque agora não é mais o ex-rei de Mississipi, e
sim Lilith, a entidade divina dos vampiros. Mas a chegada dela implica em muito
mais do que apenas a chegada de uma nova vilã. Com Lilith na parada, ninguém é mais
ninguém, todos são hipnotizados pela poderosa a sugarem qualquer gota de sangue
que venha pela frente.
Este artifício de deixar todo mundo embebedado TB já usou.
Vocês se lembram? É a segunda temporada toda outra vez. Naquela época a cidade
inteira ficava pelada e fazia orgias, quando não estavam fazendo papéis de
zumbis de olhos pretinhos. Desta vez as vítimas do novo poder hipnotizador são
os vampiros. Lá se foi Roman e lá se foi a tal da integração. Agora os portadores
de presas só sabem fazer os humanos de
comida.
A pergunta que fica é: podemos nos acostumar com esta trama
e nos divertir com ela? Sim, podemos. Mas aí temos que deixar as exigências de lado, ignorar que True Blood está se repetindo e seus personagens estão sendo descaracterizados.
Se fizermos isso, teremos Godric para nos ajudar. Graças a
Deus, Godric! Um dos melhores personagens da série que, de tão bom que é, não o
deixam ir embora mesmo depois de ele ter virado churrasco. Lá no meio da farra
estava Eric, praticamente sugando a alma de uma pobre coitada, e lá apareceu
seu criador, aquele que, até mais do que Roman, respeita os humanos como
iguais.
Eu adoraria se TB fizesse com Godric o que fez com Lilith. Ambos
morreram no sol, não faria mal nenhum se ambos retornassem do sangue. Será que
Eric não guardou nada dos restos de seu pai? (#MomentoSonhandoAlto)
Indo lá para Bon Temps, olha a bagunça que essa cidade virou
depois que Eric e Bill saíram de férias. Sookita, meu Deus, acha que pode ser
normal! Olha só! Até parece que se ela perder seus poderes as coisas ao seu
redor se normalizarão. Para começar, Alcide resolveu que quer mandar na
matilha, mas os lobinhos já estão engabelados por Russel, que prometeu que logo
virá uma guerrinha por aí.
Sam está correndo atrás dos assassinos de metamorfos. Eles
se revelaram um grupo de ódio, algo bem nazista e retardado, e até usam a
máscara e o slogan de Obama, como se isso fosse avalizá-los... E como não podia
deixar de ser, o inútil do Hoyt entrou no meio e jura de pés juntos que odeia
Jessica. Tá. Mal sabem que a MÁ vampira MÁ acabou de pisar no que restava do
coração desse enjoo.
Jason, por sua vez, não só começou sua caçada pelo vampiro
que matou seus pais, como fez uma visita tão cordial à Jessica que rendeu até
tiro na cabeça. Tara, a melhor amiga de Sookie, foi renegada pela mãe pela
milionésima vez, e agora foi enquanto estava pendurada no mastro mostrando toda
a sua ótima (só que não) forma física. Aonde está a normalidade mesmo?
Oh, espera, não acabou ainda. Lafa, minha gente, Lafa! O moço
foi atrás do namorado morto, que precisava de ser resgatado (morto precisando
de resgate...). E o que ele consegue resgatar? A lôca de dentro de Don Bartolo.
Que cena agoniante foi aquela com Lafa de boca costurada, levando facada na testa. Ai que agonia! Poderíamos
até dizer que tudo terminou bem, não fosse o fato de que ver a cabeça do
namorado na prateleira e quase ser morto em seguida é uma experiência, digamos,
traumatizante. Titio Bolão não dá folga pra Lafayette.
Na review anterior comentei que TB adora dar emprego pra
gente inútil. A gente que é fã fica com aquela esperança de que uma hora algum
chato da série vai morrer, mas In the Beginning matou nossos sonhos com
machadadas. Gente, como que o monstro de fumaça não fritou Terry e Patrick? O
que foi aquilo? Seu Ifrit fez foi rir, é isso mesmo? Palhaçada.
Mas vamos falar de coisas boas que Hopeless teve vários
momentos descontraídos. Alcide fugindo do toque de Sookie, por exemplo, foi o
golpe mais baixo e mais lindo de Eric Northman. Ciúme à flor da pele, meu povo.
Já Bill provou ser o mais político dos vampiros, com suas jogadas de “Lilith
isso”, “Lilith aquilo”, e aqueles sorrisinhos de “eu amo a Autoridade”. Se a
gente não conhecesse, a gente até comprava.
Sookie, Arlene e Holly discutindo sobre homens foi o momento
feminista de TB, com direito a insinuação de certas coisas e um espaço para Sookita reclamar dos machos. Pena
que todo o ódio destilado por elas se concretizou na relação de Arlene e Terry.
Tadinha. Os dois não são muito interessantes na série, mas a separação foi de
partir corações. Só não entendi o motivo de ela não acreditar que ele estava
fugindo de um monstro de fogo e fumaça. Tipo... ela convive com uma menina que
lê pensamentos e com uma bruxa. Quão difícil é acreditar no marido?
Por tudo isso e por outras, não adianta Sookie ficar
lançando seus raizinhos ao léu, porque já, já ela vai precisar deles de novo. Uma
hora ou outra a bagunça de cada um desses personagens chegará nela, e se ela
sobreviveu até aqui, é porque os feixes de micro-ondas e a invasão às mentes
humanas estão ao seu alcance. É melhor a fadinha parar com esse mimimi pela morte dos pais, se reerguer, sacudir a poeira, e se preparar para o pior, porque o pior
sempre vem e nem bate na porta.
Observações:
- Eu ri de Bill e Eric achando que iam tomar o sangue de Lilith e sair ilesos. Ah como ri.
- Quero ver a cara de Bill quando ele acordar do torpor e ver o que aprontou por aí.
- Ficou estranho o efeito especial do ressurgimento de Lilith. Muito estranho.
- Quero ver a cara de Bill quando ele acordar do torpor e ver o que aprontou por aí.
- Ficou estranho o efeito especial do ressurgimento de Lilith. Muito estranho.
- Salome = BITCH. Ainda quer brincar de viúva em luto depois de
armar a morte de Roman. BITCH.
- Alcide mal saiu da cama de Sookie e já está atacando a companheira lobinha. Alcide!
- Andy com crise de identidade. True Blood não tem plots
suficientes, né. Só pode.